sábado, 30 de agosto de 2008

The Disasters of War 2

(Clic)

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Recomendação Turística


Para quem ainda decida ir a Itália neste final de férias, aqui fica a recomendação para visitar a bonita cidade de Bolzano e o seu riquíssimo museu, onde entre outras obras magníficas está exposta esta bonita escultura da autoria do artista alemão Martin Kippenberger.

De facto, é lindíssima!


segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Comprativa

Sem palavras, ou de como uns singelos 2:47m podem resumir tão bem o que deve ter sido o PREC.

domingo, 17 de agosto de 2008

Simão do Deserto

O Simão do Deserto não era puro, casto e temente a Deus.

O Simão do Deserto era mas era um grandessíssimo paneleiro.

Tivessem-lhe posto lá um canastrão de uma Boys Band e a ver se ele não cedia à tentação enquanto o Diabo esfregava um olho...

Dão Deus e o Diabo nozes a quem não tem dentes para as roer...





e depois, vai ele, e cede a isto... Não o posso censurar, eu também teria cedido, mas acho que não tinha sido preciso passar a esta fase das tentações. Com a outra já me bastava... Ah, grande Silvia Pinal...

É que tal como a vida só é dura para quem é mole, a carne só é fraca para quem não a tem rija.



sábado, 9 de agosto de 2008

as formiguinhas de beijing 2008


Estava hoje numa almoçarada com malta amiga mas não fui capaz de reprimir alguns olhares de soslaio ao TFT onde se passava a cerimónia de abertura dos jogos olímpicos.
Espantoso! Foi-me absolutamente impossível não evitar seguir aquilo. Eu que nem me entusiasmo muito com esse tipo de números coreográficos não perdi a emissão em diferido. Só os chineses para envolverem 50 mil figurantes em absoluto sincronismo com um rigor e uma disciplina que duvido seja alguma vez possível imitar num país ocidental, ou em qualquer outro lugar povoado de humanóides.
Mas assusto-me, confesso. Ver esta irrepreensível harmonia num desempenho colectivo arrebatador põe-me a pensar o que poderá ser aquela turba de gente-formiga, aos milhões, muito organizadinha, a estraçalhar o mundo.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

...Engoles?

Após visionar o vídeo infra, retirado, segundo informaçao do site, de uma série Inglesa dos anos '50, de seu nome 'Married Life', julgada muito ousada para o seu tempo e nao publicada, só me ocorre concluir que a medicina actual, nomeadamente nas vertentes da educaçao sexual, planeamento familiar e terapia conjugal anda pelas ruas da amargura.

O que é feito do médico de família, como o que aqui tao bem se retrata, que, sábia e abnegadamente, com uma verdadeira paciência de Job, aconselhava os seus pacientes, nao só na qualidade de médico, mas também, porque nao dizê-lo, de amigo?

Por outro lado também me pergunto se teria o Fernando - retalhos - Namora, nos seus tempos de médico de aldeia, dado conselhos desta natureza aos aldeaos (e aldeas) das Berças.

(Desculpem lá, mas esta merda nao tem til...)


quarta-feira, 6 de agosto de 2008

En un Mercedes Blanco

Nascido em Figueras, Catalunha, criado em Cádiz e filho adoptivo de Sevilha, terra de grandes cantaores e onde há quem assegure que se encontram dos melhores protectores para botas na Península Ibérica,que , aliás, estiveram na origem de diversas romarias do Algarve à Andaluzia, mas enfim, isso agora nao vem ao caso, dizia eu que, nado aqui e criado ali, fruto do amor de um militar e de uma camponesa, músico de profissao, depois de muitas outras, pai de 3 filhos, pairando algures entre o Flamenco, o Pop e a Rumba, companheiro do agarradinho Camarón de la Isla e da grande (em todos os sentidos) Martirio, baptizado José María López Sanfeliu, mas mundialmente conhecido como Kiko Veneno:





En un mercedes blanco llegó
A la feria del ganado
Diez duros de papel Albal
Y el cielo se ha iluminado

Viene desde muy lejos y ya
No le queda ni memoria
Dice que duende se la cambió
Por un ratito de gloria

En un mercedes blanco llegó
De lunares el pañuelo
Todos los chiquillos detrás de él
Siempre va mirando al suelo

¡Qué pena de muchacho!
Le dicen la gente en los bares
Cuando juegan a las máquinas
Y recogen lo que les sale

Tres reyes van en un barco
Son tres reyes y un secreto
Ni ruinas ni cenizas
Ni papel que lleve el viento

Ponme, ponme la cinta otra vez
Pónmela hasta que se arranque
Los cachitos de hierro y cromo
A cantar como tú sabes

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Behind The Green Door

Por Trás da Porta Verde é considerado o filme que transformou o pornográfico em género cinematográfico, daquele intelectual de “culto” mesmo… excelente argumento, excelente realização, grande direcção de actores e ainda melhor interpretado pela protagonista Marilyn Chambers,boa como o milho. A loira é raptada por membros de uma “misteriosa sociedade secreta” da “Porta Verde” (nada dessas que andam pelos canos de Paris a atar hemorróidas) onde os depravados desígnios iniciáticos decorrem durante opíparas orgias de sexo, comida e moda carnavalesca... tudo isto através dos olhos, da visão da mulher… a cena antológica da orgia final viria a ser copiada/homenageada pelo Kubrick, em De Olhos Bem Fechados...

OS COMPANHEIROS DE BAAL


Pierre Medeiros folheava descontraidamente o jornal desportivo sentado na sanita. O seu organismo era um pouco reticente a um alívio definitivo, apesar dos pequenos iogurtes. Entre duas pastadas decorriam sempre alguns minutos até à saciedade intestinal plena. Pierre assobiou uma musiquinha de tourada. Nisto, sentiu um puxão vindo do interior da sentina. A sua hemorróida foi puxada com violência, atravessando o sifão e atada com um nó cego algures na canalização logo abaixo do chão dos lavabos. O agente que perpetrara o infame acto rastejou com celeridade pelo interior da canalização, até à fossa séptica do prédio e desapareceu no labirinto dos esgotos de Paris.

No dia seguinte, num conhecido jornal diário, surgiram notícias acerca de uma misteriosa sociedade secreta que actuava sub-repticiamente nos esgotos de Paris e atava as hemorróidas de inocentes cidadãos à canalização. Que misteriosos intuitos iniciáticos perseguia esta organização criminosa? Fontes anónimas designavam-na por C .: B .: e associavam-na a obscuros intuitos subversivos e anti-religiosos, que se dizia, minavam já o próprio governo. Numerosos padres debateram-se presos ás retretes das sacristias durante dias a fio. Filas imensas de cidadãos aflitos formaram-se à porta de sanitários públicos. Embaraçados cidadãos que não tiveram outro remédio senão aliviar-se pelas pernas abaixo em plena rua, com as torcidas saindo pelas pernas das calças em paragens de autocarro ou defecando nos parques e jardins da cidade. O medo instalou-se e era vulgar ver pessoas de calças em baixo obrando sem pudor nos relvados do Jardin des Tulleries e mesmo no Grand Trianon de Versailles, entre as cnifófias e os filodendros. As torcidas e poças de urina tornaram-se ubíquas nos passeios, por entre as dos cães, às portas de lojas e edifícios públicos. Era vulgar ver faces vermelhas sustendo o cagalhão enquanto se era atendido numa qualquer loja. Ou então, ouvir rebentar esguichos diarreicos na lingerie de bem postas senhoras em lugares públicos. O governo instaurou o estado de emergência e recolher obrigatório a partir das sete da tarde. Patrulhas da Legião Estrangeira passaram os esgotos a pente-fino, sem sucesso. Dos elusivos C.: B.: nem sinal. Nos bairros sociais não se notou qualquer diferença pois as pessoas já defecavam habitualmente na rua. No auge do desespero, os cidadãos de Paris viram surgir uma luz rósea e diáfana sob os céus da cidade que irradiava de uma coluna de nuvem. Era Deus Nosso Senhor.

- ‘Estultos, idólatras, que venerais bezerros de oiro e o Dinheiro! Temei, sandeus, que dos esgotos ora surge o meu instrumento de vingança; Humanidade ingrata. Destruir-vos-ei estirpe infiel! Nunca mais vos aliviareis, expulsos que sereis do Éden, por irado querubim de espada esguichando fezes! Vossas entranhas prenhes de imundícias rebentarão fedentes e haverá muita pestilência e ranger de dentes’.

Os cidadãos, especialmente os da esquerda liberal, daqueles que andam sempre com jornais e livros fininhos debaixo do braço e usam blazers de veludo cotelê castanho claro e golas altas, temeram, arrancaram os botões de suas vestes, cobriram a cabeça de cinza e enfiaram-se nas igrejas rezando com piedade.

Jeová apiedou-se deles e voltou atrás no intento de exterminar a Humanidade. Mas comutou o castigo, convertendo por artes cabalísticas, todas as sanitas de Paris nas versões turcas do sanitário. As pessoas caíam, desequilibrando-se, com as nádegas nas laradas que já tinham expelido; sujavam a parte de trás dos sapatos; escorregavam nas estrias da sanita e caíam desprotegidas sobre as imundícias. A qualidade de vida diminuiu muito e a mais negra barbárie abateu-se sobre a cidade e durou mil anos.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

PRELÚDIO E FUGA Nº 2, DIMITRI SHOSTAKOVICH



(Para cérebros MUITO acelerados).

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Che Notte!

Confesso que - nao obstante o ligeiro desfasamento temporal (devia ter postado ontem) - estive quase, quase, mas mesmo, mesmo, quase a ceder a recordaçoes ora já embutidas na minha herança genética, e postar aqui um video do 1 de Agosto dos Xutos, ainda para mais num registo assustador: a voz de cona rachada do Tim(esse canastrao sem igual), entao com menos 123 kg , a tromba do Chulio Isidro, sim, que aquilo era uma gravaçao do Passeio dos Alegres ou outra aberraçao do género, um som roufenho e uma interpretaçao bastante pobrezinha.

Mas nao.

Em troca, deixo-vos com mais uma gansta song do grande e mítico Fred.





Che notte, che notte quella notte!
Se ci penso mi sento le ossa rotte:
beh, M'aspetta quella bionda che fa il pieno al Roxy Bar,
l'amichetta tutta curve del capoccia Billy Carr.

Che nebbia, che nebbia quella notte!
Me le semino, tre auto poliziotte.
Ma per un appuntamento, se c'è zucchero da far,
quando esiste l'argomento lo sapete so rischiar.

Ci vado, la vedo, è lei,
ma dalla nebbia ne spuntano altri sei:
Buck la Peste, Jack Bidone coi fratelli Bolivar
mentre, sotto ad un lampione,
se la spassa Billy Carr.

Che notte, Che botte quella notte!
Mi ricordo di sei mascelle rotte:
ho un sinistro da un quintale,
ed il destro, vi dirò,
solo un altro ce l' ha eguale
ma l' ho messo Kappa O.

Li stendo, li conto, son sei,
poi li riconto perché non si sa mai.
Ed intanto quella matta s'avvicina e sai che fa?
Mi sistema la cravatta
mormorandomi:"Si va?".

Che baci, che baci quella notte!
Sono un duro, ma facile alle cotte,
mi son preso un imbarcata
per la bionda platinée,
pensa un po' che in un'annata
m' ha ridotto sul pavée.

Che nebbia, che botte, che baci,
che cotte, ragazzi!
Che notte quella notte!



FERIADO MUNICIPAL

Estavam opíparos, aqueles mexilhões de cebolada. Hildo lambeu os beiços e chuchou gulosamente o molho picante de alho e salsa de mais um bivalve e deu um golo no Asti. Arregalou os olhos, soltou um valente peido com molho e suspirou regalado. A mulher olhou-o de soslaio porque aquilo era um péssimo exemplo para as crianças. Hildo espevitou os dentes e ajeitou os truces metendo as mãos pela perna dos calções de praia. Lino, o filho mais novo estava na coboiada com Énio, o do meio - que era deficiente - num gesto mais brusco entornou o frasco do picante com whisky – receita angolana. Acto contínuo levou um chapadão com as costas da mão e desatou num berreiro. A mãe pegou nas crianças pela mão e foi-se embora. Hildo pegou no comando e mudou para o jogo. Dois minutos depois já cabeceava. Nisto, ouviu um ruído vindo do prato das cascas de mexilhão e acordou da sua modorra. As cascas movimentavam-se umas por sobre as outras e uma diáfana luz rósea surgia do meio do amontoado de restos bem chupados dos bivalves. Era Deus Nosso Senhor.

A Sua voz profunda e bem modulada chamou por Hildo.

- Hildo…Hildo…É Deus que te fala… Sou Eu, Aquele que Sou, o Senhor dos Exércitos, o Criador do Céu e da Terra.

Hildo soergueu-se de olhos arregalados e perguntou-se se estaria a sonhar.

- er…então diga lá ao que vem. É que eu não estava à espera… Não vão uns percebezinhos? Sobraram, porque a mim fazem-me cólicas e gases…

- Tenho uma mensagem para a Humanidade, Hildo, e serás tu o meu mensageiro: Não comerás nenhum animal que tenha morrido por si; ao peregrino que está dentro das tuas portas o darás a comer, ou o venderás ao estrangeiro. Não cozerás o cabrito no leite de sua mãe’.

- Isto não são cabritos, são mexilhões e morreram cozidos em água a ferver. Não foi de morte natural, propriamente.

- Não são cabritos? Isto não são as orelhas?

- Isso são cascas de mexilhão, Senhor.

- Bom. Não interessa. ‘E tu toma trigo, e cevada, e favas, e lentilhas, e milho miúdo, e espelta, e mete-os numa só vasilha, e deles faze pão. Conforme o número dos dias que te deitares sobre o teu lado, trezentos e noventa dias, comerás disso. E a tua comida, que hás de comer, será por peso, vinte siclos cada dia; de tempo em tempo a comerás.
Tu a comerás como bolos de cevada, e à vista deles a assarás sobre o excremento humano’.

- Já estou a ficar enjoado, Senhor.

- É assim a vida. Isso foi da litrada de Asti com groselha que bebeste.

- Não posso misturar mexilhão com a espelta, seja lá isso o que for?...

- ‘Não. E mais te digo: ‘todo o que não tem barbatanas, nem escamas, nos mares e nos rios, todo réptil das águas, e todos os animais que vivem nas águas, estes vos serão abomináveis’

- Comer marisco é uma abominação, Senhor?

-É pois. Aguenta que é serviço.

- Ó cona da mãe…

Alvíssaras!


..para quem adivinhar quem é esta menina.

Sem palavras...


é linda.

ZC ZC ZC ZC ZC ZC ZC...


...coisinhas mai'lindas!